Justiça torna réu trio acusado de matar advogado em Cuiabá

By Rafaela Ferini

O juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, acolheu o pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou o trio Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas réu pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri. Maria Angélica Caixeta Contijo, apontada como a suposta mandante do crime, não foi indicada por falta de provas.

Em decisão sigilosa proferida no domingo (11), o juiz Wladymir Perri converteu a prisão temporária do trio em preventiva.

“Por tais considerações, decreto a prisão preventiva de Antônio Gomes da Silva, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, todos qualificados, e o faço com fucro nos. 311, 312 (garantia da ordem pública) e art. 313, inc. I, todos do Estatuto de Ritos. Por conseguinte, determino que se expeça o necessário mandado de prisões”, proferiu o juiz.

O magistrado também determinou que os 3 passem por uma avaliação psicológica por videoconferência, uma vez que o resultado pode impactar no cálculo das penas dos réus em caso de condenação.

“Outrossim, determino seja(m) o(s) réu(s) submetido(s) avaliação psicológica para aferirem suas personalidades, isso em face do critério da dosimetria da pena referente às circunstâncias judiciais, de modo que, deverá o Sr. Gestor Judicial agendar com psicólogo(a) deste fórum, dia e horário que deverão comparecerem o(a) acusado(a), ou então, passar(em) por avaliação via videoconferência, para tanto, deverá(ão) ser intimado(s) o(s) denunciado(s) e comunicado ao diretor da unidade prisional qual(ais), eventualmente, se encontra(rem), consignando, ainda, cujo laudo deverá estar aportado ao feito antes da sentença, antecipando assim para a hipótese do Tribunal do júri, caso venha(m) ser pronunciado(s) o(s) increpado(s)”, diz o documento.

Apontada como uma das mandantes do crime, Maria Angélica Caixeta Contijo não foi indiciada por falta de provas.

“Outrossim, através do Id. 136601006 – páginas 08/11, comunicou que deixou de ofertar denúncia em desfavor de Maria Angélica Caixeta Contijo por ausência de justa causa para instauração a persecução penal, inclusive, esclarecendo a necessidade de instauração de IP complementar para elucidação cabal dos fatos, além de representar pela prisão preventiva de todos os indiciados”.

Os motivos do crime ainda não foram esclarecidos. O advogado Roberto Zampieri foi morto em 5 de dezembro de 2023 próximo ao seu local de trabalho.

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