Em Mato Grosso do Sul, 14 cidades estão em situação de emergência por causa de incêndios florestais

By Rafaela Ferini

Catorze cidades de Mato Grosso do Sul, a maioria na região do Pantanal, decretaram estado de emergência ambiental por causa dos incêndios florestais.

Com o Rio Verde praticamente seco, na região de Corumbá, jacarés disputam espaço no que sobrou de água para fugir do calor intenso. Em uma fazenda, que fica a cerca de 100 km do Rio Verde, mais jacarés amontoados numa poça de lama.

A falta de chuvas mudou a paisagem no bioma. Com chuvas abaixo da média, o nível do Rio Paraguai, o maior do Pantanal, voltou a baixar.

Ao longo da estrada Parque Pantanal são dezenas de pontes de madeira. Elas servem para deixar a água passar de um lado para o outro durante os períodos de cheia. Mas já são quatro anos em que os rios pantaneiros não conseguem inundar a planície e, com isso, as pontes ficam sem serventia e a vegetação desprotegida aumentando o risco dos incêndios florestais.

Catorze cidades de Mato Grosso do Sul estão em situação de emergência ambiental, por causa dos incêndios florestais. A maioria delas, fica na região pantaneira. O decreto tem validade de 180 dias e destina R$ 38 milhões para a compra de equipamentos de combate ao fogo, diárias de bombeiros e a contratação de mais horas de voo.

“Para os próximos meses, a gente espera que os focos de incêndio aumente em todo o Pantanal e o decreto nos dá uma segurança que as ações de combate serão mais efetivas, seja com mais logística na operação e até, também, com aquisição de mais horas voos do nosso air tractor -que pode lançar até 3 mil litros de água por viagem”, explica o tenente do Corpo de Bombeiros Maicon Teixeira Gobbi.
Em todo o Pantanal, quase 130 mil hectares já queimaram este ano. Só no Parque Estadual do Rio Negro, em Mato Grosso do Sul, onde existem focos ativos, cerca de 50 mil hectares já foram destruídos, 70 militares de todo o estado estão em Corumbá para reforçar o combate às chamas.

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