‘Grande problema da Saúde de Cuiabá é a gestão realizada por Emanuel Pinheiro’, diz vereador

By Rafaela Ferini

O vereador Demilson Nogueira (PP) disse em entrevista ao Cast do Bom, no estúdio do O Bom da Notícia, nesta quinta-feira (23), que o grande problema de Cuiabá é a péssima gestão feita pelo prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB), que teria conseguindo ‘a proeza de deixar os cofres vazios’ apesar da aprovação, pela Câmara de Vereadores, de uma receita para 2023, por meio uma Lei Orçamentária Anual (LOA), de R$ 4.688.323.032,00, o que representa um acréscimo de R$ 456 milhões no orçamento em relação ao ano de 2022.

“Eu vou dizer para você que com muita tristeza, não gostaria de que Cuiabá tivesse passando o que está passando porque dinheiro tem. Então não tem outra explicação que não seja má gestâo. E como muitos fornecedores sem receber. E para onde está indo esse dinheiro? Quem está sendo privilegiado? É isso que queremos saber”, disse.

Na tentativa de buscar essas respostas, o vereador é autor e presidente da CPI dos Contratos da Saúde, com o objetivo de investigar e identificar supostos abusos ou contradições nos contratos da saúde desde 2020, durante a pandemia da Covid-19. Segundo o parlamentar, a falta de zelo com a Saúde já foi reconhecida pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando de Almeida Perri, e pelo Órgão Especial da Corte de Justiça, por meio do seu Colegiado, que determinou a retomada da intervenção na Saúde da Capital.

“Precisamos saber para onde está indo esse dinheiro porque está tudo atrasado. Para quem estão pagando? Estamos, assim, fazendo este trabalho de apurar – junto com alguns vereadores -, e trabalhando junto com o Ministério Público, Ministério Público Federal, Tribunal de Contas do Estado, Assembleia Legislativa”, explicou.

Demilson ainda relembrou que o portal da transparência da Prefeitura de Cuiabá não constam dados atualizados. Ainda que mostre os atrasos no pagamento a fornecedores.

“Eu entrei no portal da transparência da prefeitura, que diga-se de passagem, nega todas as informações ou não são atualizadas a contento. Os vereadores que são da base do prefeito quase não falam, até porque eu acho que eles sabem que não está assim tudo certo. Por isso sempre falo e lembro aos colegas de Casa que ano que vem teremos eleição e podemos ver “, disse.

Vale lembrar que Demilson é um dos parlamentares na Casa de Leis da capirtal que faz oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Recentemente ele apresentou um requerimento para que o presidente da Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb), Júnior Leite, prestasse esclarecimentos na Câmara sobre a real situação financeira da empresa. Mas em uma manobra dos vereadores da base aliada do prefeito, no parlamento, Júnior Leite foi nesta última terça-feira (21), como convidado.

Se contrapondo ao requerimento apresentado no dia 14 de março por ele e pelo vereador Dilemário Alencar (Podemos) para que o gestor fosse convocado junto com o diretor da Eletroconstro Prestação e Terceirização de Serviço LTDA, Natalino José de Toledo, para esclarecer situações envolvendo os proprietários de caminhões terceirizados, contratados pela Limpurb, e que afirmam que estão há quase seis meses sem receber pelos serviços prestados à Pasta.

Demilson foi servidor público da Assembleia Legislativa de Mato Grosso há 38 anos e advogado militante. Também presidiu o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), e foi suplente de vereador pela eleições de 2016, com 2.235 pelo partido Progressista. E nas últimas eleições Demilson cravou nas urnas 3.270 votos.

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