Segundo o Dr. Paulo Henrique Silva Maia, Doutor em Saúde Coletiva pela UFMG, o aumento de casos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) entre adolescentes e jovens adultos tem gerado preocupação entre especialistas da saúde pública. O cenário atual exige medidas educativas e preventivas mais eficazes, especialmente para esse público vulnerável.
O empresário alerta que o desconhecimento e a falta de diálogo ainda são os principais obstáculos para o controle das infecções sexualmente transmissíveis. Entenda!
O que são as DSTs e por que afetam tanto os jovens?
As doenças sexualmente transmissíveis são infecções que se propagam principalmente por meio do contato sexual desprotegido. Entre as mais comuns estão a sífilis, a gonorreia, o HPV, a clamídia e o HIV. Os jovens estão particularmente expostos a essas doenças devido a fatores como o início precoce da vida sexual, a multiplicidade de parceiros e a baixa adesão ao uso de preservativos.
De acordo com Paulo Henrique Silva Maia, muitos adolescentes acreditam que estão imunes às consequências dessas doenças ou que elas são facilmente tratáveis. Essa percepção errônea contribui para o avanço silencioso das DSTs, muitas vezes assintomáticas, que podem causar danos irreversíveis à saúde reprodutiva e ao bem-estar geral.
Quais são os principais sintomas das DSTs?
Identificar uma DST nem sempre é simples. Em muitos casos, os sintomas são discretos ou inexistentes, especialmente nas fases iniciais. No entanto, é importante estar atento a sinais como:
- Corrimento vaginal ou peniano anormal
- Dor ou ardência ao urinar
- Feridas, bolhas ou verrugas na região genital
- Dor durante a relação sexual
- Coceira ou vermelhidão genital
O empresário Paulo Henrique Silva Maia explica que a ausência de sintomas não significa ausência de infecção. Por isso, a testagem periódica é fundamental, mesmo quando não há sinais visíveis da doença. A prevenção continua sendo a melhor estratégia para evitar as DSTs. O uso correto e consistente do preservativo masculino ou feminino em todas as relações sexuais é essencial. Ademais, é importante adotar hábitos como:

- Realizar exames regulares
- Conversar abertamente com os parceiros sobre saúde sexual
- Evitar o consumo excessivo de álcool ou drogas, que podem levar à negligência na proteção
- Buscar orientação em serviços de saúde
Para Paulo Henrique Silva Maia, a educação sexual nas escolas e no ambiente familiar tem papel crucial na conscientização dos jovens. Quanto mais cedo o tema for tratado com naturalidade e responsabilidade, maiores as chances de prevenir comportamentos de risco.
Qual a importância do diagnóstico precoce?
O diagnóstico precoce das DSTs permite um tratamento eficaz, reduzindo as chances de complicações graves, como infertilidade, câncer, infecções generalizadas e transmissão a terceiros. Além disso, detectar a doença a tempo evita a evolução silenciosa de infecções que podem comprometer órgãos vitais. Conforme destaca Paulo Henrique Silva Maia, investir em campanhas de incentivo à testagem, especialmente entre jovens, é uma estratégia indispensável para conter o avanço das doenças sexualmente transmissíveis.
Apesar dos avanços em saúde pública, falar sobre sexualidade e DSTs ainda é um tabu em muitas famílias e instituições. Esse silêncio contribui para a desinformação e, consequentemente, para o aumento dos casos. Romper essa barreira é urgente. A quebra do tabu começa com a linguagem acessível e o acolhimento. Jovens precisam se sentir seguros para buscar informações e apoio sem julgamento.
Cuidar da saúde sexual é um ato de responsabilidade
Proteger-se contra as DSTs é uma atitude que começa com a informação e se consolida na prática diária de cuidados. Jovens informados e conscientes têm maior chance de fazer escolhas seguras e de manter sua saúde em dia. A verdade sobre as DSTs entre jovens precisa ser divulgada com clareza e responsabilidade.
Autor: Sergey Sokolov