A recente declaração do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá, Júnior Macagnam, expressa uma insatisfação significativa em relação à atual situação econômica enfrentada pelos comerciantes da capital mato-grossense. Ele destacou que o sistema vigente de impostos no país acaba prejudicando o crescimento dos negócios locais, ao mesmo tempo em que oferece poucas soluções que realmente beneficiem o empreendedor. Essa crítica revela a complexidade dos desafios tributários enfrentados diariamente no comércio.
Segundo o dirigente, a sensação predominante entre os lojistas é que há uma dualidade contraditória nas ações do governo. Por um lado, existem incentivos e medidas que parecem favorecer a classe empresarial, mas, por outro, a alta carga tributária acaba anulando os benefícios concedidos. Essa percepção reforça a ideia de que políticas econômicas precisam ser repensadas para equilibrar a arrecadação com a sustentabilidade dos negócios que movimentam a economia local.
A preocupação de Júnior Macagnam vai além das finanças imediatas, pois ele também destaca o impacto que a pressão fiscal exerce sobre a capacidade de investimento e expansão das empresas. Com custos elevados e impostos que pesam, muitos comerciantes encontram dificuldades para inovar e ampliar suas operações. Essa situação afeta diretamente a geração de empregos e o desenvolvimento econômico da região, apontando para um ciclo que precisa ser interrompido.
Além disso, o presidente da CDL enfatiza que a complexidade do sistema tributário brasileiro é um dos maiores obstáculos para a competitividade do setor varejista em Cuiabá. A burocracia excessiva e a multiplicidade de impostos tornam o ambiente de negócios mais pesado e menos atrativo para investimentos. Por isso, a busca por uma reforma tributária mais simples e justa é uma demanda constante entre os empresários locais que lutam por um cenário mais favorável.
Outro ponto levantado é a necessidade de diálogo entre o governo e os representantes do comércio para a construção de políticas que atendam às reais necessidades do setor. Segundo Macagnam, sem essa interlocução, as medidas acabam sendo desenhadas de forma desconectada da realidade vivida pelos lojistas, o que compromete sua eficácia e contribui para a insatisfação geral. Essa relação é fundamental para criar um ambiente econômico mais saudável e promissor.
A situação atual também reflete um desafio que vai além da cidade, sendo um problema nacional que afeta diversos segmentos da economia. A crítica feita pela CDL Cuiabá chama atenção para a urgência de encontrar soluções que promovam justiça fiscal e incentivem o crescimento sustentável. A cobrança por uma carga tributária mais equilibrada é um ponto central nas discussões sobre o futuro do comércio e da indústria no Brasil.
Enquanto isso, os lojistas seguem adaptando suas estratégias para enfrentar o cenário adverso. Muitos buscam alternativas para reduzir custos e otimizar suas operações, mesmo diante das dificuldades impostas pelo sistema vigente. A resiliência da classe empresarial é uma resposta à pressão fiscal, mas não substitui a necessidade de mudanças estruturais que promovam um ambiente mais favorável para o desenvolvimento econômico.
Por fim, a fala do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá reforça a importância de repensar o modelo tributário para garantir que os benefícios oferecidos não sejam anulados por encargos excessivos. O equilíbrio entre arrecadação e fomento ao comércio é essencial para fortalecer a economia local e assegurar que o crescimento possa ser sustentável e inclusivo, beneficiando toda a sociedade.
Autor : Sergey Sokolov