Escolher entre Lucro Presumido e Lucro Real é uma das decisões mais importantes que uma empresa precisa tomar no Brasil. Segundo o advogado Bruno Rodrigues Quintas, essa escolha influencia diretamente na carga tributária, na organização contábil e, claro, no resultado financeiro do negócio.
Desse modo, cada regime tem suas particularidades e pode ser mais vantajoso dependendo do porte da empresa, do tipo de atividade e da margem de lucro. Por isso, é essencial entender bem as diferenças e os impactos dessa decisão antes de seguir em frente. Pensando nisso, ao longo desta leitura, vamos entender de forma clara e prática como funciona cada regime, quais são as principais diferenças e como essa escolha pode afetar sua empresa.
Qual é a diferença entre Lucro Presumido e Lucro Real?
A principal diferença entre esses dois regimes está na forma como os impostos são calculados. No Lucro Presumido, a Receita Federal presume quanto a empresa lucra com base em um percentual fixo aplicado sobre o faturamento. Já no Lucro Real, o imposto é calculado sobre o lucro efetivamente obtido, ou seja, a diferença entre receitas e despesas reais, conforme frisa o Dr. Bruno Rodrigues Quintas.
O Lucro Presumido costuma ser mais simples e previsível, ideal para empresas com lucro estável e margens altas. Por outro lado, o Lucro Real é mais vantajoso para empresas com muitas despesas dedutíveis ou que operam com margens menores. Ademais, de acordo com o advogado Bruno Rodrigues Quintas, o Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões. Por isso, conhecer o perfil do seu negócio é determinante para escolher o regime mais adequado.
Como a escolha do regime afeta o seu negócio?
A escolha entre Lucro Presumido e Lucro Real pode impactar diretamente no valor pago em impostos, no fluxo de caixa e até na competitividade da empresa no mercado. Pois, no Lucro Presumido, os tributos federais como IRPJ e CSLL são calculados com base em uma margem padrão, que varia de acordo com o setor de atuação. Isso pode ser vantajoso para negócios com lucros elevados, mas pode gerar pagamento de impostos mais altos em alguns casos.

Já no Lucro Real, como o cálculo considera os lucros reais, é possível pagar menos imposto se a empresa tiver muitos custos e despesas operacionais. No entanto, esse regime exige controle contábil mais rigoroso, relatórios detalhados e maior cuidado com a escrituração, como pontua o Dr. Bruno Rodrigues Quintas. Portanto, além da economia, é preciso avaliar se a empresa tem estrutura para manter a gestão contábil exigida pelo Lucro Real.
Os principais pontos a considerar na hora de escolher
Em suma, antes de decidir entre Lucro Presumido ou Lucro Real, vale a pena observar com atenção alguns critérios importantes. Já que eles ajudam a entender qual modelo se encaixa melhor nas características da sua empresa:
- Faturamento anual: empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões são obrigadas a optar pelo Lucro Real.
- Margem de lucro: empresas com margens baixas tendem a se beneficiar do Lucro Real.
- Quantidade de despesas dedutíveis: se sua empresa tem muitos custos, o Lucro Real pode gerar economia.
- Simplicidade na gestão contábil: o Lucro Presumido é menos burocrático e pode ser mais prático para pequenas empresas.
- Setor de atuação: dependendo da atividade econômica, as alíquotas do Lucro Presumido podem variar bastante.
- Planejamento tributário: empresas que investem em um bom planejamento podem aproveitar melhor os benefícios do Lucro Real.
Esses são apenas alguns dos fatores que devem ser avaliados com cuidado. No final, contar com o apoio de um contador experiente é essencial para fazer essa análise de forma personalizada, considerando os detalhes do seu negócio.
A escolha certa pode fazer toda a diferença no resultado final
Em conclusão, a decisão entre Lucro Presumido e Lucro Real não deve ser feita apenas com base em simplicidade ou intuição. Pois cada regime tem seus pontos fortes e fracos, e a escolha errada pode comprometer a saúde financeira da empresa. Logo, o ideal é analisar com calma, entender como cada modelo afeta a carga tributária e considerar a realidade da empresa como um todo. Assim, com um bom planejamento e a orientação correta, é possível não só economizar nos impostos, mas também ganhar mais clareza na gestão e impulsionar os resultados do negócio.
Autor: Sergey Sokolov